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Estágio III

A CIDADE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCATIVAS - RESUMO DO TEXTO


O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente, nesse sentido trazido pelo poeta - olhar daquele que acaba de chegar, de quem acaba de nascer para a eterna novidade do mundo. Ver aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia.

Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos.

A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem. Cavalcanti (2001, p. 16), pensar a cidade é pensar também em lógicas não capitalistas, pré-capitalistas; é pensar na cidade como obra; é, pensando a cidade centralizada na lógica da produção capitalista, pensar também nos interstícios e nas contradições espaciais, nas desconstruções e (re) territorializações.

Ao considerarmos a racionalidade do modo de produção capitalista, consideramos também as contra-racionalidades, pois ante a racionalidade dominante, desejosa de tudo conquistar, pode-se de um ponto de vista dos autores não beneficiados, falar de irracionalidade, isto é, de produção deliberada de situações não razoáveis […].

Essas contra-racionalidades se localizam de um ponto de vista econômico, entre as atividades marginais, tradicional ou recentemente marginalizadas, e, de um ponto de vista geográfico, nas áreas menos modernas e mais ‘opacas’, tomadas irracionais para usos hegemônicos. (SANTOS, 1996, p. 246, apud CAVALCANTI, 2001, p. 18). Considerações para alargamento das contra-racionalidades contrapõem se a racionalidade hegemônica de cultivo ao individualismo, à vida privada, à separação entre casa e rua, nos cotidianos com a cidade.

Tais contraposições reforçam as noções de valores culturais e sociais, as práticas solidárias e cidadania coletiva. A efetivação da cidade como educadora se constitui na resistência à tendência de práticas individualistas na cidade. Veja:

Defender um projeto de cidades educadoras é realçar seu caráter de agente formadora, sua dimensão educativa. Todas as cidades educam, à medida que a relação do sujeito, do habitante, com esse espaço é de interação ativa [...]. (CAVALCANTI, 2001, p. 21)

[…] torna-se relevante compreender a cidade como um lugar que abriga, produz e reproduz culturas. Na realidade, para a análise da cidade como modo de vida materializado cotidianamente, como ‘espaço banal’ (Santos, 2000), é mesmo imprescindível a consideração dessa instância cultural. (CAVALCANTI, 2001, p. 19)


A compreensão da cidade como produção, fundada em racionalidade e contra-racionalidades leva-nos a uma perspectiva favorável a uma educação para a vida, e para uma vida melhor. Rever não é ver a mesma coisa duas vezes, é lançar um novo olhar sobre uma mesma coisa ou situação. O olhar que não se renova envelhece.

A cidade, ao longo da história, tornou-se um lugar privilegiado para a proliferação de discursos e construção de imagens, devido à enorme concentração de pessoas e objetos, que se torna a todo o momento, símbolos espaciais. O contato cotidiano também favorece a construção de imagens.

É através do contato com os outros e com o mundo, através dos discursos, das representações, desejos e receios, que a imagem é construída. (ARRAIS, 2001, p. 178) Exercitemos, então, um novo olhar para essa cidade, um olhar poderoso, desconstruidor de discursos caracterizadores e imagens construídas, em busca de visualidades, territorialidades, espacialidades, em uma perspectiva multicultural crítica.

Toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social. As pessoas não se juntam, organizam-se num determinado lugar despretensiosamente! Nesse sentido, toda cidade pode ser educadora, pois ela fala de cada um de nós e do outro com o qual ajudamos a formar!

Assim buscando descobrir em cada um a cidade que habita que foi se construindo ao longo dos tempos e que, podem representar a possibilidade de ir consolidando um olhar mais apurado - olhar crítico e mais sensível para o contexto e o meio ambiente. (...) a transição de um olhar indiferente rumo a um olhar reflexivo, olhar que pergunta olhar que indaga.

Quando eu chego na comunidade, num primeiro momento , não vou diretamente às pessoas com quem quero trabalhar. [...] Eu procuro ir contactando pessoas a esmo. O dono de um bar, a pessoa que está me acolhendo na sua casa, pessoas que eu encontro na rua e assim por diante. [...] então, isso é uma porta de entrada, entrar por aí. Carlos Brandão (2002),







        A CIDADE E SUAS POSSIBILIDADES EDUCATIVAS


         RESUMO DO TEXTO    


O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente, nesse sentido trazido pelo poeta - olhar daquele que acaba de chegar, de quem acaba de nascer para a eterna novidade do mundo. Ver aquilo que nunca havíamos prestado atenção no contexto cotidiano, no dia a dia.

Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos (seja ela recente ou de longa data), uma história feita pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos.

A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem. Cavalcanti (2001, p. 16), pensar a cidade é pensar também em lógicas não capitalistas, pré-capitalistas; é pensar na cidade como obra; é, pensando a cidade centralizada na lógica da produção capitalista, pensar também nos interstícios e nas contradições espaciais, nas desconstruções e (re) territorializações.

Ao considerarmos a racionalidade do modo de produção capitalista, consideramos também as contra-racionalidades, pois ante a racionalidade dominante, desejosa de tudo conquistar, pode-se de um ponto de vista dos autores não beneficiados, falar de irracionalidade, isto é, de produção deliberada de situações não razoáveis […].

Essas contra-racionalidades se localizam de um ponto de vista econômico, entre as atividades marginais, tradicional ou recentemente marginalizadas, e, de um ponto de vista geográfico, nas áreas menos modernas e mais ‘opacas’, tomadas irracionais para usos hegemônicos. (SANTOS, 1996, p. 246, apud CAVALCANTI, 2001, p. 18). Considerações para alargamento das contra-racionalidades contrapõem se a racionalidade hegemônica de cultivo ao individualismo, à vida privada, à separação entre casa e rua, nos cotidianos com a cidade.

Tais contraposições reforçam as noções de valores culturais e sociais, as práticas solidárias e cidadania coletiva. A efetivação da cidade como educadora se constitui na resistência à tendência de práticas individualistas na cidade.

Defender um projeto de cidades educadoras é realçar seu caráter de agente formadora, sua dimensão educativa. Todas as cidades educam, à medida que a relação do sujeito, do habitante, com esse espaço é de interação ativa [...]. (CAVALCANTI, 2001, p. 21)

[…] torna-se relevante compreender a cidade como um lugar que abriga, produz e reproduz culturas. Na realidade, para a análise da cidade como modo de vida materializado cotidianamente, como ‘espaço banal’ (Santos, 2000), é mesmo imprescindível a consideração dessa instância cultural. (CAVALCANTI, 2001, p. 19)


A compreensão da cidade como produção, fundada em racionalidade e contra-racionalidades leva-nos a uma perspectiva favorável a uma educação para a vida, e para uma vida melhor. Rever não é ver a mesma coisa duas vezes, é lançar um novo olhar sobre uma mesma coisa ou situação. O olhar que não se renova envelhece.

A cidade, ao longo da história, tornou-se um lugar privilegiado para a proliferação de discursos e construção de imagens, devido à enorme concentração de pessoas e objetos, que se torna a todo o momento, símbolos espaciais. O contato cotidiano também favorece a construção de imagens.

É através do contato com os outros e com o mundo, através dos discursos, das representações, desejos e receios, que a imagem é construída. (ARRAIS, 2001, p. 178) Exercitemos, então, um novo olhar para essa cidade, um olhar poderoso, desconstruidor de discursos caracterizadores e imagens construídas, em busca de visualidades, territorialidades, espacialidades, em uma perspectiva multicultural crítica.

Toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social. As pessoas não se juntam, organizam-se num determinado lugar despretensiosamente! Nesse sentido, toda cidade pode ser educadora, pois ela fala de cada um de nós e do outro com o qual ajudamos a formar!

Assim buscando descobrir em cada um a cidade que habita que foi se construindo ao longo dos tempos e que, podem representar a possibilidade de ir consolidando um olhar mais apurado - olhar crítico e mais sensível para o contexto e o meio ambiente. (...) a transição de um olhar indiferente rumo a um olhar reflexivo, olhar que pergunta olhar que indaga.

Quando eu chego na comunidade, num primeiro momento , não vou diretamente às pessoas com quem quero trabalhar. [...] Eu procuro ir contactando pessoas a esmo. O dono de um bar, a pessoa que está me acolhendo na sua casa, pessoas que eu encontro na rua e assim por diante. [...] então, isso é uma porta de entrada, entrar por aí. Carlos Brandão (2002),


Módulo 07 FAV/EAD/UFG, 2010.