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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O USO DA FERRAMENTA BLOG E AS ARTES VISUAIS

O uso da ferramenta blog como local de registros, interações, e produção artística na sociedade contemporânea é bastante pertinente, dado seu regime de comunicação interativo em tempo real. Contar com a rede web é fazer parte de um sistema de interligações e conexões ilimitadas, “garantindo a capacidade de produzir arte” como afirma Anne Cauqueline, (2005).
De acordo com Luis Brea, ( 2007) são as redes de conexões que garantem a produção do conhecimento no mundo atual (cultura RAM), em detrimento das estruturas de armazenamentos de dados (memória ROM). Tanto as relações de trabalho como a forma de estruturar o pensamento e, evidentemente, as artes visuais, pelo trato das visualidade são inovações da sociedade atual da comunicação.
Quanto às mídias digitais, das inúmeras infovias que a rede web oferece, a possibilidade de criação e desenvolvimento do blog como ferramenta de interação sócio/cultural, desenvolvimento de experimentos pessoais e registro de produção em artes visuais é fundamental. Recursos que julgo de relevante conquista para mim. O blog é mais uma ferramenta que dá lugar às Artes Visuais na cibercultura.
REFERÊNCIAS:
Ateliê de Arte e tecnologia II - Diálogos intermidiáticos. Módulo 07 EAD/FAV/UFG, 2010.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

TERCEIRA QUADRA DA AVENIDA PEDRO LUDOVICO - SONS E IMAGENS

MINHAS ANDANÇAS PELO BAIRRO


MINHAS ANDANÇAS PELO BAIRRO

Após registrar algumas imagens estáticas e algumas em movimento do trecho por mim delimitado (três quadras: duas da Avenida Sonnemberg e a terceira, na Avenida Pedro Ludovico, na cidade Jardim, onde moro aqui em Goiânia) fiz esse mesmo percurso a pé por várias vezes, no entanto, cada uma delas pareceu-me singular embora seja local conhecido, proximidades de minha casa e uma parte do trajeto que faço para o trabalho.
A primeira quadra do lado direito é ocupada por empresas de médio porte: transportadora, distribuidoras, escritórios, há também um bom restaurante. Do lado esquerdo é composta por residências, uma pequena padaria e um pit-dog.
A segunda tem seu lado direito praticamente ocupado por outdoors, já o esquerdo, residências, uma empresa de vestuário, uma panificadora e um posto de combustível ao final da quadra.
Já a terceira quadra, é mais movimentada, os transeuntes são mais presentes e o trânsito, mais frenético. A movimentação do comércio é maior, do lado esquerdo possui lojinhas, consultórios odontológicos, centros de beleza, supermercado, locadora, reformadora de móveis. Em seu lado direito existem, além de salões de beleza, supermercados, pit-dog, empresa de locação para eventos, papelaria, farmácia e, uma floricultura.
Encontrei muitas possibilidades de fazer uma parceria educativa, mas selecionei esta última para a minha porta de entrada! Haja vista que, dentre as idas e vindas e as possibilidades que sondei, seja com uma conversa informal com as pessoas locais, ou apenas observando ao máximo o contexto de tudo que me cerca dentro desse percurso, foi neste viveiro (a princípio julguei se tratar de uma floricultura) que encontrei maior potencial educativo! Dado o perfil do ambiente que não é apenas comercial, mas também multidisciplinar e multicultural, pois existe lá um pequeno acervo de peças históricas. Já marquei para voltar lá nos próximos dias.
Conforme disse a paisagista e designer de interiores, Maialú de Freitas Pereira (formada pela Faculdade de Artes desta instituição) “essa proposta é excelente!” Disse que tem pensado mesmo em fazer um trabalho lá, mas desejava uma parceria para começar e se colocou à disposição. O dono é o professor Weudes que atua no ensino superior. É biólogo e paisagista, inclusive, realiza palestras na área ambiental, gratuitamente, em escolas públicas.
O espaço sempre recebe estagiários da área ambiental, arquitetura, biologia, paisagismo. Até agora filmei e fotografei o lado externo do viveiro. Já estou apaixonada! Vou voltar para registrar a parte interna, pois quando lá estive, era quase noite. Contudo já estou, no momento, estudando uma proposta de intervenção, ou seja, um projeto de contribuição através das Artes Visuais em parceria com esse espaço bastante pedagógico.

UM POUCO DO QUE DELIMITEI PARA O PERCURSO ETNÓGRAFICO (TRÊS QUADRAS: DUAS NA AV. SONNEMBERG E UMA NA AV. PEDRO LUDOVICO - CIDADE JARDIM GOIÂNIA - GO.




domingo, 5 de setembro de 2010

POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS

POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS - PRODUÇÃO DE IMAGEM


PROTEJA-ME DO QUE EU DESEJO – Jenny Holzer (1950)
Obra na qual me inspirei para criar a imagem a seguir:
Título: OLHA-ME DE UM JEITO NOVO, ANTONIALUZ.


Pensei esta imagem fundamentada na arte conceitual de Jenny Holzer que nos convida a pensar com suas intervenções educativas na cidade a partir de frases de efeito como a sua obra: PROTECT ME FROM WHAT I WANT. Assim também, amparada nos princípios da Carta das Cidades Educadoras, “O direito a uma cidade educadora deve ser uma garantia relevante dos princípios de igualdade entre todas as pessoas, de justiça social e de equilíbrio territorial”. Com ênfase nos tópicos: 1- item quatro; 2- itens nove, dez, onze; 3- dezesseis.

Um pouco de como foi o processo de criação

Selecionei gravuras de revistas que fossem pertinentes ao tema tratado e distribuí-as sem colar, sobre um painel de Eucatex (descartado à porta de um escritório que havia, dias antes, recolhido para este fim). Parecia ser a propaganda de algum empreendimento imobiliário, pois nele havia ao fundo, uma imensa planície com vegetação rasteira. Em primeiro plano, a imagem de uma mulher de olhos fechados (cujo espaço preenchi com gravuras adequadas ao tema tratado), havia também a palavra liberdade (da qual utilizei as duas últimas sílabas para compor com canetas hidrocor a mensagem: Desigual dade e/ou desigual CI dade). Trabalhei a imagem no PhotoScape e no Picasa depois fotografei.

Esta proposta visual surgiu não antes de muita inquietação, pesquisa de campo e leituras, estudos de vários temas e técnicas. Após experimentações com materiais diversos, esta foi a forma que escolhi para tentar mover os treinados olhares da cidade para a sua outra face! Tentar educar esses olhares que, geralmente, buscam nos outdoors o que e onde consumir ou lucrar mais.

Uma espécie de convite à reflexão sobre o lado perverso do capitalismo e a inversão de valores que assola a sociedade. Em que as pessoas valem menos que a mercadoria. Seja pelo descaso do poder público, seja pela indiferença, exclusão e individualismo da parte da sociedade em geral, para com grande parte da população que, despida de um mínimo de dignidade humana e afeto é alijada, como se não fizesse parte do mesmo tecido social. Estão aí, diante de nossos olhos! Mas olhar incomoda!

Enquanto sociedade participante do “desenvolvimento” de uma grande cidade como Goiânia, como cidadãos temos o dever de defender os sem voz e lutar por igualdade, pois conforme a revista Cidades p.10, apesar de reconhecida como uma das capitais brasileiras com maior qualidade de vida ela lidera o ranking da concentração de renda no país.

É tanta ganância e corrida por mais poder, por mais lucro, por superficialidades que, na mesma proporção, irresponsavelmente, se exclui, segrega e ignora o outro. Quantos danos a sociedade desta frenética cidade, com seus desejos e buscas insaciáveis, tem causado aos nossos semelhantes? Incomparáveis!

Encarar no dia-a-dia, os resultados danosos que a exclusão e a indiferença têm causado em tanta gente sejam eles a miséria, indigência, negligencia médica ou falta de acesso à formação e informação; chamar a atenção do poder público exigindo equidade social e ver, com olhos mais humanos, os nossos semelhantes menos favorecidos é o mínimo que podemos fazer! Seguir tentando reparar os estragos da nossa omissão e irresponsabilidade.
Que saibamos reconhecer as diferenças sim, mas aceitar a desigualdade não. Então fica assim, te convido a olhar a cidade de um jeito novo!
Antonia Luz

http://bijari.com.br/blog/?p=666

http://ead.fav.ufg.br/file.php/1439/Cartadascidadeseducadoras.pdf

http://mechanismm.com/blog/?p=59

Módulo 7 EAD/FAV/UFG, 2010.

Revista cidades. Goiânia: ano IV, 48 ed; março 2010.

WWW.revistacidades.com.br