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domingo, 28 de novembro de 2010






















FOTOS TIRADAS NO VIVEIRO. Algumas serão selecionadas para a elaboração da arte para a confesção do banner




Ouvimos sobre as espécies mais procuradas nesse viveiro pelo público. Tanto as populares quanto às exóticas.

Os estudantes se encantam com os bonsais e ouvem explicações sobre o manejo das espécies.

A paisagista explica a diferenciação quanto à sensibilidade e o manejo das plantas populares e das exóticas

Os estudantes ouvem sobre estética e paisagismo

Observam tudo à volta

Os jovens atentos fazem perguntas

Explicação sobre pragas que danificam as plantas.

VÍDEO - Comentando sobre o equilíbrio no ecosistema


Observação de uma lagartinha que devora uma folha.

FOTOS E VÍDEO - 2º MOMENTO DESTE PROJETO - EXCURSÃO AO VIVEIRO DE PLANTAS GARDEN NOBILIS - CIDADE JARDIM, GOIÂNIA

A paisagista Maialu ( de chapeu) atendendo ao nosso grupo.

PROJETO ARTÍSTICO PEDAGÓGICO

1 INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea pós-moderna depara hoje com inúmeros desafios dada a sua complexidade e requer como afirmado por Lyotard, apud Moreira, (2010) “um olhar pontual na pluralidade e diversidade humana”. Atentas à pluralidade cultural, as manifestações artísticas atuais são de cunho político, contrárias ao formalismo, “ora assumem a estrutura desconstrutivistas das performances e intervenções, ora as formas artísticas tradicionais” enfocando questões de raça, sexualidade, gênero dentre outras, Moreira (2010). E nessa complexa sociedade, o arte educador se vê desafiado ao enfrentamento de problemas nela imbricados. Alguns como: o descompromisso social do poder público, as questões ambientais, o avanço das drogas, a exclusão escolar e social, o individualismo, a segregação, a desestruturação familiar, o consumismo exacerbado por parte de alguns em detrimento da miséria de outros. O ser humano é cada vez mais coisificado. Situações que em grande parte é gerada pelo capitalismo, “onde imagens persuasivas ao consumo são elementos predominantes” (Hernández, 2003 apud Valença 2009).
As artes visuais sinalizam com grande êxito de contribuição para o enfrentamento destas dentre outras questões, devido ao trabalho crítico com as imagens, haja vista que na sociedade pós-moderna o advento das visualidades está mais presente em tudo e em toda parte no cotidiano das pessoas. Nada como as imagens para atrair o olhar do jovem atual! Mas como provocá-lo a direcionar esse olhar para algo diferente que não seja apatia, alienação e persuasões negativas encontradas fora da escola, nas ruas e, ver-se incluso, co-responsável por uma melhor qualidade de vida não somente para si, mas para todos?
Amparada em estudos de teóricos como: HERNÁNDEZ, P. FREIRE, MORENO, LA TAILLE, NOGUEIRA, GUIMARÃES, OLIVEIRA, JORDÃO, FISCHMAN, MOREIRA, LIBÂNEO, VALENÇA, MORENO, VYGOTSKY e Outros. Bem como na Carta das Cidades Educadoras, e em outras pesquisas pertinentes ao assunto é que elaborei a proposta de intervenção contida neste projeto artístico/pedagógico, intitulado VIVEIRO DE PLANTAS NA ESCOLA! VAMOS ADUBAR ESSA IDÉIA?
2 JUSTIFICATIVA

Após delimitar três quadras de duas ruas que se cruzam no bairro Cidade Jardim, em Goiânia: duas quadras da Avenida Sonnemberg e uma na Avenida Pedro Ludovico ao fazer um percurso etnográfico na cidade, com um olhar diferente do habitual, definiram os espaços que serviriam como porta de entrada para uma ação educativa na cidade (um requisito parcial da disciplina de estágio 3): um viveiro de plantas e um colégio público.
Pude então perceber a riqueza das várias culturas que se entrecruzam na dinâmica da cidade. Ao observar as visualidades que norteiam a região, incluindo aí, a criatividade presente nos muitos outdoors, mas vi também que muitos deles nem sempre são educativos, dado o conteúdo de suas mensagens. Alguns reforçam o consumismo, pois o capitalismo cria a necessidade de compra nos indivíduos desprevenidos, outros, incitam à prática de vícios como o alcoolismo (ver anexo A), por exemplo, que consequentemente, em médio prazo poderá contribuir para elevar o número de doentes viciados excluídos na sociedade. Em minhas entrevistas durante o percurso foi relatada pela vizinhança da escola escolhida como porta, uma ocorrência recente em suas imediações. A prática de alcoolismo entre os jovens do ensino médio após as aulas no período matutino.
Ao ver in loco, a relevância das várias culturas que permeiam o espaço urbano, a beleza contida na diversidade que compõe o tecido social, mas em especial, o sofrimento nos olhos daqueles socialmente excluídos, é que percebi a necessidade de uma ação de intervenção que contribua, ainda que, em longo prazo, para o futuro de nossos jovens e para um meio ambiente com melhor qualidade de vida para os cidadãos.
Foi impossível ficar alheia, no dia-a-dia, aos resultados danosos que a exclusão e a indiferença nessa sociedade capitalista têm causado a tanta gente, em um tempo onde o homem vale menos que a mercadoria. É tanta indigência, solidão, negligências, vícios: sejam idosos solitários dormindo em calçadas, ou em seus próprios carrinhos de lixo, alguns doentes sem ter onde reclinar a cabeça. Outro quadro rotineiro foi encontrar crianças e jovens a perambular pelas ruas no contra turno, ou mesmo fora das escolas. Todos em situação de risco. Expostos, vulneráveis a acatar o que não lhes convêm: a violência, o consumo de drogas, por exemplo.
Não foi raro deparar-me, durante os dias de percurso e imersão etnográficos, com jovens entorpecidos, perdidos de si mesmos nas calçadas da cidade, sem rumo, alguns já apresentando problemas mentais. Talvez consequências de fugas pelas drogas. Muitos deles já nem frequentam mais a escola ou nunca a frequentaram.
Os governantes poderiam se comprometer mais com a educação e investir mais em políticas públicas para as crianças e os jovens. Quanto à escola, se esta buscar mais parcerias com a comunidade a fim de proporcionar meios para que seus educandos criem mecanismos que tragam mais qualidade de vida para si e para a própria comunidade, talvez o destino de muitos indivíduos seja bem diferente.
Seja por falta de oportunidade, de objetivos dos indivíduos, de acesso à informação, formação, ou, ao lazer, seja por falha do poder público, da escola, negligência da família, individualismo da sociedade, a exclusão social está presente.
A partir disso, surgiu a inquietação: como contribuir tendo como instrumento as artes visuais a fim prevenir para que crianças e jovens de agora, não venham a ter no futuro, o mesmo destino daqueles infelizes abandonados à própria sorte percebidos no percurso etnográfico de estágio? Como fazer uma ponte entre escola, família, comunidade através das artes visuais, em que a ação dos estudantes leve melhor qualidade de vida à cidade?
Dentre as inúmeras possibilidades de ações educativas encontradas no percurso, sejam em conversas informais com as pessoas locais, registrando com apontamentos, entrevistas, fotografia ou vídeo, seja apenas observando
ao máximo, o contexto elegi então, um viveiro de plantas “Garden Nobilis Paisagismo” como porta de entrada para a intervenção, devido ao grande potencial educativo desse espaço e o Colégio Estadual Cultura e Cooperativismo. A leitura inspirada da vivência nessa fase do estágio originou um poema e um trailer que serviram de norte para a pretensa intervenção.
Espera-se que esta atividade motive os estudantes a promoverem, senão dessa natureza, outras ações na escola. Que a ação conjunta entre escola e comunidade possa resultar em maior interação entre as mesmas, e em maior envolvimento dos alunos com seu meio. Nas concepções de Vygotsky, o homem transforma a realidade da sociedade ao mesmo tempo em que se transforma.
Diante do exposto é que se propõe pela via das poéticas contemporâneas uma arte-educação socioambiental de caráter preventivo através deste projeto artístico/pedagógico.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVOS GERAIS

• Promover a partir das artes visuais, ações conjuntas que viabilizem o envolvimento entre os estudantes, sua escola e a comunidade. Para que a experiência estética da participação faça emergir no educando e em todos, suas potencialidades criativas, poéticas, críticas e humanas.
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• Elevar a auto-estima dos estudantes não somente os da escola-porta, mas da cidade em geral, ao buscar atrair suas atenções, pela via das poéticas visuais, para a relevância de suas potencialidades na modificação da própria realidade.
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3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Refletir junto ao grupo de alunos do ensino fundamental e médio do Colégio Estadual Cultura e Cooperativismo sobre questões socioambientais e consumismo. Por um meio ambiente saudável para todos, a partir do olhar artístico/crítico sobre as visualidades que os circundam.

• Criar situações que propiciem aos educandos o desenvolvimento de valores humanos tais como: Alteridade, cooperação e inclusão.

• Elogiar a iniciativa do grupo mostrando que as tentativas de transformação da própria realidade são atitudes positivas frente ao mundo.

4 METODOLOGIA
Numa abordagem sociointeracionista dialógica e interdisciplinar, tendo como referenciais as intervenções contemporâneas educativas da arte conceitual da artista Jenny Holzer (com suas frases de efeito) e no artista contemporâneo brasileiro Zecésar (José César Teatini de Sousa Clímaco), professor da Universidade Federal de Goiás, que trabalha com materiais desprezados pela cidade como as sucatas é que se propõe contribuição com esta ação educativa na cidade a partir de experimentações em Artes Visuais. De acordo com Jordão (2010), “Para a Arte Conceitual, o que importa é a invenção da obra, o conceito que é elaborado antes de sua materialização”.
A culminância dessa intervenção será a elaboração de uma obra artística feita coletivamente em parceria com um grupo de alunos do Colégio Estadual Cultura e Cooperativismo, procurando incluir não só a escola, mas a todos no ato de educar. Mostrando aos participantes, que existem outras formas de se fazer arte além daquilo que comumente se pratica em muitas escolas: o desenvolvimento de destrezas ou habilidades manuais, como pontua Hernández (2000). Daí a necessidade de experimentação a partir de outros conceitos, outras tecnologias. “Pensar com as ferramentas midiáticas: passagem de uma didática instrumental para uma arte-educação, aproximando-se de uma pedagogia crítica” (Estágio I, apud GUIMARÃES; OLIVEIRA; 2010).
Espera-se que os efeitos resultantes dessa ação de intervenção na cidade redundem em mais participação e interação entre estudantes e comunidade. “Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação” Paulo Freire (1996).
Etapa 1 - Como atividade prévia, será solicitada aos participantes a pesquisa na internet sobre artistas que fizeram ou fazem intervenções na cidade com o tema meio ambiente.
Etapa 2 - Promover uma excursão a pé com o grupo de alunos da educação básica ao viveiro, com a finalidade de ampliação dos estudos sobre meio ambiente e imagens com registro fotográfico e fílmico feito pelos educandos. Durante o percurso serão feitas provocações sobre as visualidades que permeiam a região e a idéia de consumismo presente, em especial, os outdoors. Levando os educandos à desconstrução, reconstrução ou construção de conhecimentos numa forma de, como afirma Fischman (2004), “investigação e reflexão sobre o que vemos”.

Etapa 3 – Os Educandos e eu construiremos uma instalação (espécie de painel) feita com material de sucata, que expresse o convite à criação de um viveiro de plantas na escola. Será afixado sobre um muro da referida escola por no máximo uma semana e ficará voltado para a congruência da Avenida Sonnemberg com a Rua Antonio Santana.
Ainda que já tenha definido o tipo de obra artística a ser realizada neste projeto, não se trata de uma proposta fechada. Deixarei em aberto até a segunda atividade (visita ao viveiro) para conhecer melhor a turma e, só então, apresentar a proposta artística, mas dialogar com os estudantes e acrescentar suas contribuições para a definição final. Conforme é indagado por Freire, “como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais conheço, e até me sinto ofendido com ela?” Freire (2002).
A ação de intervenção será registrada por fotografias e vídeo e postado no blog.
Obs. A designer e paisagista Maialú de Freitas, do viveiro Garden Nobilis coloca-se à disposição como suporte sobre as dúvidas iniciais, gratuitamente, aos alunos e escolas públicas interessadas em implantar viveiro de plantas.

5 AVALIAÇÃO
Reflexão sobre o processo.

6 CRONOGRAMA
Datas: 21, 23 e 25 de novembro, 2010.
Dia 21, 1º momento - Pesquisa prévia pelo grupo na internet
Dia 23, 2° momento – Visita ao viveiro
Dia 25, 3º momento – elaboração da obra artística

7 TEMPO DE DURAÇÃO
Para a intervenção: três encontros de 04 horas cada. Carga horária total a partir da elaboração do projeto até sua culminância: 40 horas.

8 RECURSOS
Um Computador com internet
Uma Máquina fotográfica
Material de sucata: uma janela em desuso ou placa de MDF alumínio ou metal, arame, prego, tarugos de madeira ou metal.
Vasos de plantas floridas.
Espuma floral.
Um Banner (confeccionado por um técnico a partir de fotos do viveiro e mensagem feita em parceria entre o grupo de alunos e eu).
Acrescentar recursos, conforme o que for estabelecido coletivamente após o segundo encontro.




9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FISCHMAN, Gustavo E. Reflexões sobre imagens, cultura visual e pesquisa educacional. In: CIAVATTA, Maria e ALVES, Nilda (orgs.). A Leitura de Imagens na Pesquisa Social – História, Comunicação e Educação. São Paulo: Cortez, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 5ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.
____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996. (Coleção Leitura).
GUIMARÃES; OLIVEIRA; Dimensões educativas: Construção de uma Proposta. In: Módulo 07. Licenciatura em Artes Visuais. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Artes Visuais. Goiânia: FUNAPE, 2010.

HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura Visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
JORDÃO, Paulo Veiga. Arte Conceitual. Módulo 07. Licenciatura em Artes Visuais. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Artes Visuais. Goiânia: FUNAPE, 2010.
LA TAILLE, Yves de. ET al. Teorias Psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.
MÓDULO 04. Licenciatura em Artes Visuais. Universidade Federal de Goiás.
Faculdade de Artes Visuais. Goiânia: FUNAPE, 2009.
MORENO, Ciriaco Izquierdo. Educar em Valores. São Paulo: Paulinas, 2001. (coleção ética e valores).
Revista cidades. Goiânia: ano IV, 48 Ed; março 2010.
MOREIRA, Terezinha Maria Losada. A Questão da Criatividade Na Arte Contemporânea. In: Módulo 07. Licenciatura em Artes Visuais. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Artes Visuais. Goiânia: FUNAPE, 2010.
NOGUEIRA, Monique Andries, Formação cultural de professores ou a Arte da Fuga. Goiânia: Editora UFG, 2008.
VALENÇA, Kelly Bianca Clifford. Ensino de Arte e Formação Docente Frente à Pluralidade imagética Contemporânea. In ASSIS, Henrique Lima;
RODRIGUES, Edvânia Braz Teixeira (orgs) e outros. In: O ensino de artes visuais: desafios e possibilidades contemporâneas: SEDUC, Goiânia, 2009.
VYGOTSKY, S.L; LURIA. R. Estudos sobre a história do comportamento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

SITES CONSULTADOS

http://bijari.com.br/blog/?p=666 Acesso em 29/09/10.

http://ead.fav.ufg.br/file.php/1439/Cartadascidadeseducadoras.pdf Acesso em 15/08/10.
http://mechanismm.com/blog/?p=59 Acesso em 29/09/10.
WWW.revistacidades.com.br Acesso em 09/09/10.

ANTONIA LUZ DE FREITAS LIMA
















PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:
VIVEIRO DE PLANTAS NA ESCOLA! VAMOS ADUBAR ESSA IDÉIA?






Projeto apresentado à disciplina Estágio III e Ateliês integrados, do curso de Licenciatura em
Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás,
pólo Aparecida de Goiânia, como requisito
parcial para obtenção de nota final.










GOIÂNIA, NOVEMBRO – 2010.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS/UAB I
PÓLO APARECIDA DE GOIÂNIA
ANTONIA LUZ DE FREITAS LIMA















Projeto artístico pedagógico:
VIVEIRO DE PLANTAS NA ESCOLA! VAMOS ADUBAR ESSA IDÉIA?
















GOIÂNIA, NOVEMBRO – 2010.































sábado, 13 de novembro de 2010

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA

Pensei em utilizar os recursos da visualidade dos outdoors, que são muitos por aqui no bairro, mas nem sempre educativos, para conscientizar sobre a relevância das visualidades e o poder de persuasão das imagens, quando estas contêm uma mensagem positiva ou não. Com a finalidade de tentar diminuir a problemática de estudantes em fase pré e adolescentes que, fora do horário de aula muitos deles ficam por aí, sem ocupação e sem objetivos ficando sujeitos às mazelas que a “rua” oferece (como drogas, delinqüência, indigência). Daí a seguinte proposta.
Pretendo trabalhar coletivamente com os alunos de uma escola, em parceria com o viveiro (a porta), uma instalação com plantas floridas uma espécie de painel, por exemplo, com uma mensagem-convite à criação de um viveiro de plantas na escola, que poderá ser feito com o material que será descartado pelas campanhas políticas, que geralmente vai para o lixo.
A duração dessa exposição poderia ser de uma semana ao menos em um lugar estratégico, para que este instrumento possa abranger e despertar o maior número possível de pessoas, sobre a relevância do verde para um meio ambiente salutar na cidade. Uma espécie de estratégia que pretende ir além. Oportunizar aos estudantes o seu envolvimento responsável, não só com questões ambientais, mas também levá-los a conhecer e fazer algo, pois como é citado no texto sobre questões multiculturais, FAV/EAD, MÓDUL O7. 2010 p65,
“as estratégias de compreensão não devem ficar exclusivamente no nível analítico-cognitivo, como é habitual na perspectiva crítica, também devem progredir simultaneamente no nível emotivo-estético. Na base da compreensão estética está a capacidade humana de participar imaginativamente – de viver esteticamente – cada um dos atos de sua vida, e é nesse contexto que o ser humano se prepara para participar e transformar o seu ambiente social, porque, como disse Dewey (1934:12) “a obra de arte desenvolve e ressalta o que é significativamente valioso nas coisas que Apreciamos diariamente.”

Daí meu incentivo pela interação entre os estudantes, a própria escola e a comunidade local, à criação de um viveiro de plantas na escola. De acordo com Dewey “uma experiência consumatória.
Apenas uma tentativa de contribuição com a cidade na formação da sociedade pelo veio das artes visuais. E que essa iniciativa de cultivo coletivo de plantas, além promover a construção do conhecimento, a desconstrução de paradigmas e, a interação entre a escola e o meio em que está inserida, crie, possibilidades de desenvolvimento de valores como: consciência social/ambiental, sustentabilidade, solidariedade, o trabalho em equipe, autonomia e, fonte de renda própria para os envolvidos.
Valores que possam servir para outros vôos mais altos no futuro de muitos destes jovens. Evitando assim, que façam parte do rol dos indigentes, drogados, excluídos a pernoitarem pelas calçadas da cidade. Como temos assistido um alarmante crescimento na presente sociedade.
Para este projeto de intervenção, o próximo passo, será convidar um grupo de educandos do ensino fundamental e médio, de uma escola pública que visitei aqui no bairro, a pesquisarem sobre artistas que trabalham com intervenção educativa em espaços urbanos. Depois faremos uma excursão ao viveiro escolhido como porta, para que os estudantes possam adquirir conhecimentos básicos sobre: as visualidades que os cercam, o funcionamento de um espaço como o de um viveiro de plantas, bem como sobre questões ambientais. Pois serão eles os multiplicadores da idéia. Durante a entrevista, a gerente do viveiro se dispôs a receber os alunos e fazer a mediação desse conhecimento.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS UAB I/ EAD/PÓLO AP. DE GOIÂNIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA DA ARTE
PROFESSORA: LAURA BOLETTI
ACADÊMICA: ANTONIA LUZ DE FREITAS LIMA


O texto Criatividade nas Artes Plásticas (Módulo 7, unidade - 1, p 125 deste curso), cita Faiga Ostrower, Arnold Hauser e Hannah Arendt. A primeira em seus comentários na obra criatividade e processos de criação critica a desvinculação da arte à idéia de trabalho. O texto também assinala para a desconstrução de pressupostos sobre as relações entre arte e criatividade ensejando redimensionamento pelos parâmetros do campo das Artes Visuais.
O prestígio da obra de arte e a valorização do trabalho do artista mudam conforme a sociedade e o tempo, conforme os fatores contextuais sócio/histórico/ culturais. Arnold Hauser (1973) citado aqui reflete o seguinte: se no paleolítico a arte tinha um caráter mágico, exercida por uma entidade especializada, no neolítico a atividade artística se democratiza, ou seja, ela é disseminada na comunidade nos intervalos laborais de seus membros, o que é recorrente em muitas das sociedades primitivas do nosso tempo.
Na arte japonesa tradicional, por exemplo, a caligrafia e a pintura de motivos naturais eram de concepções religiosas e filosóficas, exercidas por artistas altamente espiritualizados e no Egito antigo, anônimos com relação à autoria de suas obras, o que vai prevalecer até a Idade Média. Contudo, iniciam-se e desenvolvem-se as corporações de ofício. Frutos de forças político/econômicas do trabalho.
Se a sociedade moderna ocidental renascentista imprimiu ao artista, o papel de gênio criativo divinizado ao mesmo tempo em que há o resgate da tradição clássica greco-romana, que por sua vez, enquadrava as artes visuais somente na categoria dos trabalhos manuais, servis. Esse novo conceito de artista é fruto da idéia produtivista do capitalismo.
Ao destacar o conceito de trabalho em suas relações com o campo da arte. Arendt vincula o labor às atividades do homem para a própria sobrevivência, animal laborans numa espécie de circuito fechado. Já o trabalho, conforme a autora edifica o mundo produz nele utilidades, belezas enfim cultura. A objetividade do homo faber com suas invenções de objetos em interação com a natureza.
E a ação, a mais efêmera das atividades aqui citadas. Nela estão, de acordo com arendt, a pluralidade humana, a esfera da política, das interações sociais, os objetos fabricados pelo trabalho enfim em sua relação com o trabalho, a autora conceitua o mundo como construção cultural através da arte na representação do modo de vida de um povo, pela utilidade e durabilidade dos utensílios, ferramentas, edificações.
De acordo com o pensamento de Arendt há na sociedade ocidental, da antiguidade clássica à contemporaneidade, uma paulatina degradação da atividade política. A “transformação do gênio em ídolo encerra a mesma degradação humana que os demais princípios reinantes na sociedade comercial”. De acordo com os críticos de Frankfurt são a alienação e a massificação do ser humano.
Em suma, a mercadoria tem mais valor do o homem cuja moeda de troca é sua força de trabalho onde o gênio é transformado em ídolo dado à sua capacidade de fabricar, fabricar sem que, necessariamente, lance mão da criatividade. Enquanto na mesma medida deixa-se para o campo das artes o papel da imaginária criatividade, por isto a arte “permanece submersa num mar de subjetivismo” (Ostrower, 1883). Haja vista a efemeridade da arte contemporânea.

Diante do exposto fica o questionamento: por que agimos hoje? Porque tanta pressa se utilizamos quase vinte e quatro horas do dia laborando defendendo ,praticamente, o nosso sustento diário como meros operários. Onde está o nosso espaço de trabalhador artista? ). Diante da efemeridade da arte contemporânea. Como promover ações de desenvolvimento que enriqueçam a dimensão humana?

POÉTICA VISUAL - TRAILER DO PERCURSO ETNOGRÁFICO

LEITURA INSPIRADA DO PERCURSO.

INQUIETAÇÕES CONTEMPORÂNEAS PÓS-MODERNAS


Pois vejo vidas corridas, ou não, à mercê do tempo,

É A CIDADE!

Pessoas de toda cultura e jeitos: seus sonhos, saberes, fazeres é que compõe a rica,

DIVERSIDADE

Andarilhos na calçada a implorar,

DIGNIDADE!


Vejo crianças e jovens afoitos cheios de capacidade à espera de,


OPORTUNIDADE!

E, se vulneráveis, sem referenciais, topam na rua o que não lhes convém com,

FACILIDADE!

Mas como elevar sua autoestima e dá-los vara em vez de peixe a fim de diminuir a


DESIGUALDADE?


E Visão em vez de trava, coibir o avanço da droga pra fazer ver que esta é uma falsa,

LIBERDADE?


Além da cibercultura, das novidades dos multimeios, como atualizá-los com mais,

HUMANIDADE?

O que fazer? Sei lá o que! Como diminuir o rol dos futuros candidatos à exclusão pela,

SOCIEDADE?

Meio ambiente? A porta de entrada! Viveiro de plantas na escola! Aponta para,

PROSPERIDADE E SUSTENTABILIDADE!


Artes Visuais educação famílias, governos, comunidade. Juntos darão conta dessas


REALIDADES?!

Antonia Luz

A paisagista Maialú (E) e eu.


HORA DA REGA

HORA DA REGA

VISITA AO VIVEIRO - diálogo com a designer e paisagista Maialú