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sábado, 13 de novembro de 2010

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA

Pensei em utilizar os recursos da visualidade dos outdoors, que são muitos por aqui no bairro, mas nem sempre educativos, para conscientizar sobre a relevância das visualidades e o poder de persuasão das imagens, quando estas contêm uma mensagem positiva ou não. Com a finalidade de tentar diminuir a problemática de estudantes em fase pré e adolescentes que, fora do horário de aula muitos deles ficam por aí, sem ocupação e sem objetivos ficando sujeitos às mazelas que a “rua” oferece (como drogas, delinqüência, indigência). Daí a seguinte proposta.
Pretendo trabalhar coletivamente com os alunos de uma escola, em parceria com o viveiro (a porta), uma instalação com plantas floridas uma espécie de painel, por exemplo, com uma mensagem-convite à criação de um viveiro de plantas na escola, que poderá ser feito com o material que será descartado pelas campanhas políticas, que geralmente vai para o lixo.
A duração dessa exposição poderia ser de uma semana ao menos em um lugar estratégico, para que este instrumento possa abranger e despertar o maior número possível de pessoas, sobre a relevância do verde para um meio ambiente salutar na cidade. Uma espécie de estratégia que pretende ir além. Oportunizar aos estudantes o seu envolvimento responsável, não só com questões ambientais, mas também levá-los a conhecer e fazer algo, pois como é citado no texto sobre questões multiculturais, FAV/EAD, MÓDUL O7. 2010 p65,
“as estratégias de compreensão não devem ficar exclusivamente no nível analítico-cognitivo, como é habitual na perspectiva crítica, também devem progredir simultaneamente no nível emotivo-estético. Na base da compreensão estética está a capacidade humana de participar imaginativamente – de viver esteticamente – cada um dos atos de sua vida, e é nesse contexto que o ser humano se prepara para participar e transformar o seu ambiente social, porque, como disse Dewey (1934:12) “a obra de arte desenvolve e ressalta o que é significativamente valioso nas coisas que Apreciamos diariamente.”

Daí meu incentivo pela interação entre os estudantes, a própria escola e a comunidade local, à criação de um viveiro de plantas na escola. De acordo com Dewey “uma experiência consumatória.
Apenas uma tentativa de contribuição com a cidade na formação da sociedade pelo veio das artes visuais. E que essa iniciativa de cultivo coletivo de plantas, além promover a construção do conhecimento, a desconstrução de paradigmas e, a interação entre a escola e o meio em que está inserida, crie, possibilidades de desenvolvimento de valores como: consciência social/ambiental, sustentabilidade, solidariedade, o trabalho em equipe, autonomia e, fonte de renda própria para os envolvidos.
Valores que possam servir para outros vôos mais altos no futuro de muitos destes jovens. Evitando assim, que façam parte do rol dos indigentes, drogados, excluídos a pernoitarem pelas calçadas da cidade. Como temos assistido um alarmante crescimento na presente sociedade.
Para este projeto de intervenção, o próximo passo, será convidar um grupo de educandos do ensino fundamental e médio, de uma escola pública que visitei aqui no bairro, a pesquisarem sobre artistas que trabalham com intervenção educativa em espaços urbanos. Depois faremos uma excursão ao viveiro escolhido como porta, para que os estudantes possam adquirir conhecimentos básicos sobre: as visualidades que os cercam, o funcionamento de um espaço como o de um viveiro de plantas, bem como sobre questões ambientais. Pois serão eles os multiplicadores da idéia. Durante a entrevista, a gerente do viveiro se dispôs a receber os alunos e fazer a mediação desse conhecimento.

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